sábado, 3 de janeiro de 2009

Um espetáculo deprimente !

Casuísmos e quebra-quebra na Câmara

O patético espetáculo que se verificou na noite do dia primeiro de janeiro e na madrugada do dia 2 na Câmara de Vereadores de Jacobina sepulta a última gestão legislativa, comandada pelo senhor Juliano de Carvalho Cruz, com as piores honrarias possíveis em toda a História de 128 anos do município.
Todo o imbróglio se deu pela má inteligência dos vereadores, manipulados pelo vil prefeito Rui Rei Matos Macedo (que o diabo o mantenha bem distante de Jacobina!), ao empurrar goela abaixo a tal da nova Lei Orgânica Municipal, chamada pelo presidente em exercício, naquela nefasta e estafante sessão, Antônio do Pau Ferro, de “lei organa do municipo”.
A improcedente Lei Orgânica Municipal foi publicada no dia 30 de dezembro e sabe-se que os novos vereadores não tiveram acesso a seu teor até o início dos trabalhos naquela sessão legislativa.
Pior: tentaram realizar os trabalhos com base na “lei organa do municipo”, como diria o simpático vereador do Pau de Ferro, do ano de 1990, o que estaria ferindo o regimento da Casa.
Como poderiam, pois, proceder uma sessão legislativa sem os preceitos que a deveriam nortear? Isso tem nome: casuísmo, fisiologismo, desrespeito ao cidadão contribuinte que, no final, banca essa parafernália toda, para não dizer circo.
Toda a desfaçatez que marcou aquela noite e madrugada acabou terminando de forma esperada: quebra-quebra, pancadaria, empurra-empurra e patrimônio público destruído.
De normal apenas a indignação popular diante de uma manobra do último presidente, da incompetência visível – e risível! – do presidente em exercício, Antônio do Pau de Ferro, da intolerância de uma oposição que queria fazer o presidente “na tora” e otras cositas mas, marcadas por truculência, arrogância, coisa própria de quem não sabe perder. Política não é rinha, onde se promove briga de galos.
O quebra-quebra na Câmara apenas coroa com rosas fúnebres um processo eleitoral marcado pela truculência e pelo patrulhamento gratuito. Começou pelas pichações em igrejas, passou pelo ato terrorista do assalto de processo no Fórum Eleitoral, pelo ácido jogado no veículo de Dr. Flávio Menezes, por ameaças e por coisas tristes nunca vistas em Jacobina.
As discrepâncias e as balbúrdias promovidas, em que foi necessária ordem judicial para que Valdice Castro fosse empossada, deixam um claro recado ao senhor Juliano de Carvalho Cruz:
- O senhor já foi tarde! Deveria ter ido muito antes!
E ao senhor Rui Rei (rei do quê?) Matos Macedo, que deixou servidores sem salários e credores sem receber, outro recado com teor parecido:
- Desapareça! Procure o caminho de Andaraí! Vá cuidar de sua luxuosa clínica, doutor pirata!
Jacobina, finalmente, está livre dessa farândola. Para não dizer quadrilha, é claro.
E isso ocorre em respeito às crianças e às pessoas mais sensíveis.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

CORINO ANALISA


Casuísmos na última sessão da Câmara de Vereadores

O presidente Juliano de Carvalho Cruz presidiu a última sessão do Poder Legislativo de Jacobina com impressionante pacotaço de medidas que teriam peso positivo se não fosse o ar de vingança e de decepção por ter amargado uma merecida surra nas urnas em outubro passado.
O fim do voto secreto realmente é uma medida altamente elogiável. Mas por que Juliano e seu bloco de compadres não o tornaram realidade no início do mandato? O fim da reeleição para presidente do Legislativo também. Mas por que eles decidiram fazer a mudança só agora no fechamento do mandato?
Vingança. O “eterno vereador”, que tem se recusado insistentemente a aceitar esse título que lhe fora dado por Leopoldo Passos, optou por acabar com as regras que sempre o beneficiaram em todas as vezes que presidiu o Legislativo Jacobinense. Suas manobras para se eleger e se reeleger já fazem parte da literatura política de Jacobina. Cargos para uns, primeira secretaria para o amigo Antônio e daí por diante.
Como não será mais vereador, até para provar que não nasceu para ser o “eterno vereador”, o presidente, em final de mandato, resolveu acabar com a festinha que sempre caracterizou suas passagens por lá.
Se ele não irá poder mais se beneficiar com tantas regras generosas, amigo, pimenta no pirão dos outros. Ou seja, pimenta nos olhos dos outros é refresco.
Apesar de toda essa guerra de nervos depois de tantos processos e audiências, eis aqui o mega presidente do Legislativo, pelo menos, oferecendo dois grandes benefícios para o povo de Jacobina. O primeiro é o pacotaço de mudanças. E o segundo é a sua saída da vida pública, que, espera-se – como escrevera Vinicius de Moraes – que seja eterno enquanto dure, ou se for possível, que seja infinito, para todo o sempre, para nunca mais mesmo. Oxalá que isso seja verdadeiro! O povo, que sempre paga a conta, irá agradecer
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