segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

CORINO ANALISA


Casuísmos na última sessão da Câmara de Vereadores

O presidente Juliano de Carvalho Cruz presidiu a última sessão do Poder Legislativo de Jacobina com impressionante pacotaço de medidas que teriam peso positivo se não fosse o ar de vingança e de decepção por ter amargado uma merecida surra nas urnas em outubro passado.
O fim do voto secreto realmente é uma medida altamente elogiável. Mas por que Juliano e seu bloco de compadres não o tornaram realidade no início do mandato? O fim da reeleição para presidente do Legislativo também. Mas por que eles decidiram fazer a mudança só agora no fechamento do mandato?
Vingança. O “eterno vereador”, que tem se recusado insistentemente a aceitar esse título que lhe fora dado por Leopoldo Passos, optou por acabar com as regras que sempre o beneficiaram em todas as vezes que presidiu o Legislativo Jacobinense. Suas manobras para se eleger e se reeleger já fazem parte da literatura política de Jacobina. Cargos para uns, primeira secretaria para o amigo Antônio e daí por diante.
Como não será mais vereador, até para provar que não nasceu para ser o “eterno vereador”, o presidente, em final de mandato, resolveu acabar com a festinha que sempre caracterizou suas passagens por lá.
Se ele não irá poder mais se beneficiar com tantas regras generosas, amigo, pimenta no pirão dos outros. Ou seja, pimenta nos olhos dos outros é refresco.
Apesar de toda essa guerra de nervos depois de tantos processos e audiências, eis aqui o mega presidente do Legislativo, pelo menos, oferecendo dois grandes benefícios para o povo de Jacobina. O primeiro é o pacotaço de mudanças. E o segundo é a sua saída da vida pública, que, espera-se – como escrevera Vinicius de Moraes – que seja eterno enquanto dure, ou se for possível, que seja infinito, para todo o sempre, para nunca mais mesmo. Oxalá que isso seja verdadeiro! O povo, que sempre paga a conta, irá agradecer
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